segunda-feira, 12 de julho de 2010

Podemos ser derrubados, porém nunca nocauteados!

“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nossos corpos.” (II Co. 4: 8-10)


Esta passagem de II Coríntios é formidável, pois em nenhuma outra carta paulina vemos tamanha exposição da pessoa de Paulo, aqui ele fala o que é viver por Cristo e para Cristo, mostrando-nos que viver por Cristo não é tarefa fácil desde o início da Igreja. Outra coisa que me chamou a atenção foi à forma simples e clara que Paulo escreve à igreja de Corinto, ele não vem com “rodeios”, mas descreve sua trajetória de forma que todos podem entender. Mas há ainda outro destaque nesta passagem que é a confiança de Paulo na poderosa mão de Deus sobre a sua vida, a qual podemos ter também sobre as nossas vidas. Paulo fala que ele em tudo sofria tormentos, mas que não se angustiava (não se consumia ou se estressava – paz de espírito) por causa disto; ele via coisas de deixar o “cabelo em pé”, mas não se desesperava com isto (mantinha sempre a calma – longanimidade); Paulo era perseguido, mas sabia que a poderosa mão de Deus não o desamparava (fé – confiança), e aqui vem algo interessante, Paulo diz: “...abatidos, mas não destruídos...”, ou seja, ele poderia ser derrubado nas batalhas da vida, ele poderia ser golpeado, mas em nenhuma delas ele era nocauteado, nunca “beijava a lona”. Assim também acontece conosco que confiamos em Deus, podemos sofrer as mais diversas decepções, sofrer perseguições, ouvir uma palavra que nos fere lá no fundo, ver algo que nos entristece, chorar pelas tristezas da vida, podemos cair de joelhos, mas nunca para sermos destruídos, e sim para adorar e orar a Deus continuando assim a nossa batalha. A adoração não combina com desesperança. Quando isso acontece em nossas vidas, podemos afirmar convictos como Paulo, que trazemos sempre em nosso corpo o morrer (sacrifício) de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo, e nós tenhamos vida eterna, alegria eterna e amparo eterno. Temos enfrentado tantas lutas em nossos dias, sofridos os mais diversos golpes em nossa vida. Se sua alma anda cercada de angustias, se seu espírito sofre ataques diários, adore a Deus. Pois Ele está junto de você, mesmo que o não sinta. Ele é FIEL. Nunca te deixará só. E se por acaso cair de joelhos, saiba que não é para “beijar a lona”, mas é para adorar a Deus na melhor posição. E se nesta hora você sentir que precisa de ajuda, lembre-se Deus faz com que o solitário habite em família.


Ouvindo-o eu, o meu ventre se comoveu, à sua voz tremeram os meus lábios; entrou a podridão nos meus ossos, e estremeci dentro de mim; descanse eu no dia da angústia, quando ele vier contra o povo que nos destruirá. Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas, todavia, eu me alegrarei no SENHOR, exultarei no Deus da minha salvação.” Habacuque 3:16-18

Pr. Antonio Carlos

“A Injustiça de Amar e Perdoar Face a Graça”

12/09/2004

“Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem”.
Mateus 5:44

Tony Campolo, às vezes, pergunta aos estudantes das universidades seculares o que eles sabem a respeito de Jesus. Conseguiram eles lembrar-se de alguma coisa que Jesus disse? Quase sempre responderam: ”Amar os inimigos”. Mais do que qualquer outro ensinamento de Jesus Cristo, esse se destaca para o descrente. Tal atitude não é natural, talvez seja absolutamente suicida. Já é difícil perdoar nossos irmãos, como José fez, quanto mais os inimigos! Os terroristas? Os bandidos que nos assaltam e nos acometem de situações mais humilhantes? Os traficantes que induzem nossos filhos para o mundo das drogas e do dinheiro fácil e que tomam conta de nossas ruas nos obrigando a piscar faróis, a não sair determinados horários estabelecidos por eles?

Muitos éticos preferem concordar com o filósofo Immanuel Kant, que argumentou que uma pessoa deve ser perdoada somente quando merece. Mas o próprio termo perdoar contém a palavra “doar”( exatamente como a palavra pardom, que contém o termo donum e que significa doação). Assim como a Graça, o perdão também traz em si a enlouquecedora qualidade de ser não-merecido, sem mérito, injusto. O perdão está para a Graça assim como a Graça está para o perdão! Não existe perdão sem Graça, assim como não existe Graça sem perdão.

Por que Deus exigiria de nós um ato nada natural que desafia cada instinto primeiro? O que torna o perdão tão importante para que seja o ponto central de nossa fé? É tão bom ouvir experiência de pessoas muitas vezes perdoada, e às vezes perdoadora. Um dos motivos é teológico.

Teologicamente, os evangelhos dão-nos uma resposta direta quanto à questão por que Deus nos pede para perdoar: Simplesmente por que é assim que Deus quer. Ao nos dar a ordem ”Amai vossos inimigos”, Jesus inclui nesta ordenança um fundamento lógico: “... para que sejais filhos do vosso Pai que está nos Céus”.

Os filhos de Deus são aqueles que recorrem à Graça para perdoar, a exemplo de Deus é ele que toma a iniciativa para amar e perdoar.

Querido, você é um Filho de Deus! Viva segundo esta verdade para poder amar seus irmãos e, além disso, amar seus inimigos.

Que Deus te abençoe e te guarde e te de um domingo de paz e alegria no Senhor. Pastor Antonio Carlos